Quando digo que sou o que sou, como sou e não vou mudar... Me faço pedra, ponta de faca, obra acabada, ponto final.

Isso de alguma forma deixa de permitir que eu seja luz que se expande, energia que flui... Deixo de me permitir moldar, me fecho, selo sem me ajustar, como se o que eu sei e o que sou me bastasse. Como se nada mais me pudesse melhorar ou somar. Talvez... Veja bem... Talvez isso faça com que os espinhos e as pedras do caminho, me machuquem muito mais...

Dizem os sábios que nunca estamos prontos, que o aprendizado é constante, que muitas mudanças são benéficas, reparadoras, evolutivas...

Então me coloco à disposição do universo, independente das minhas experiências ou dos meus anos... Quero ser flor, fruto e semente à serviço de todas as estações. Quero ser chuva que jorra, banha, lava, evapora e retorna... Quero ser alma inteira sim, mas curiosa, cíclica, impermanente, aberta, aprendiz... Feita de um algo à mais sempre que for preciso... Quero ser aquela que brinca descalça,  livre entre reticências...

Quero permitir à vida, sempre que for necessário, toda vez que for para melhor, me recomeçar...

Rita Maidana, a autora deste texto.

Publicado em
4/8/2022
na categoria
Espiritualidade
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