Se você se sente pronto, se nada lhe inquieta, se você já tatuou todas as suas certezas na pele... Fuja da poesia.

Fuja das palavras andarilhas, que lhe convidam a caminhar por estradas que levam a lugares silenciosos, tranquilos e ensolarados.
Das letras que moram no mundo dos sentimentos, se vestem de transparências, de mar, estrelas, hortênsias...
Das que caminham em companhia da ventania. Das que dançam com sol, falam de amor, sussurram saudades...  
Das que emergem revelando luzes e sombras que desassossegam com o som dos raios e trovões internos.
Das que afloram questionando as tempestades pra depois clarear o horizonte do ser.

Fuja antes que lhe soprem a pele causando arrepios. Antes que lhe beijem a face, lhe abracem...

Fuja da poesia se você não quer ou não precisa ver a vida por um ângulo mais humano e delicado.

Não ceda se não lhe interessa a essência de tudo que pulsa, não se entregue se não puder ler com a alma a ponto de ir dormir debruçado em reticências...

Fuja da poesia se lhe assusta a conexão com um universo onde nada é segredo... Onde se diz o que se sente sem medo, porque lá foi decretado que todo sentir é sagrado.

Fuja da poesia.
Porque, sim.
Se te tocar...
Ela com certeza, vai lhe transformar...

Escrever é magia!!!
Rita Maidana, pensadora, escritora, poetisa e artista
Publicado em
20/1/2023
na categoria
POESIAS - Pensar e Ser
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