Quantas vezes nos perguntamos:

-Quem sou eu?

-Que faço aqui?

-Donde vim?

-Para onde vou?

Uma maioria não tem uma noção clara daquilo a que chamamos EU.

Comecemos por dividir as diversas categorias da humanidade

Podemos considerar, essa divisão por quatro grandes grupos:

Instintivos-Sensórios

São aqueles com desejo ardente de cobiçar o mundo, aproveitando-se dele ao máximo num mínimo de tempo.

Focados apenas na sobrevivência pessoal, tendo como preocupação, reproduzir-se, comer e satisfazer-se.

Estão concentrados num Universo limitado podendo em determinadas circunstâncias, alargar o seu egoísmo a um núcleo familiar bastante restrito,  a um clube, ou clã que segundo sua opinião, há que defender até á morte física.

Anseiam um futuro imediato e no seu limitado ponto de vista, o  próprio caminho não pode exceder o dia seguinte, a semana ou mês e o prazo de um salário.

A este grupo, pertence 90% da humanidade.

Racionais Analíticos

São grupos cujo objetivo é servir o mundo, mas como  recompensa que seja o mundo a servi-los em dobro.

São uma espécie de seres de troca e constituem  os quase 10% da Humanidade

São pessoas com uma motivação acima do comum.

Possuem uma opinião formada, motivações de natureza superior, e potencialmente intelectualizados.

Centram-se na satisfação dos corpos emocional e mental inferior, fixando-se no domínio do sentimento e da razão para buscar o êxito.

Também estão integrados em comunidades mais amplas e consideram-se cidadãos  de uma cidade e de um País.

Defendem ainda a constituição de Empresas e hierarquia nas mesmas.

O seu objetivo é o planeamento de um futuro a médio prazo, ou seja, “semear hoje para colher amanhã”.

Intuitivos-Sintéticos

Seres com um nível evolutivo já elevado.

O seu propósito no planeta, é servir a humanidade, pouco esperando em troca.

Para eles o mundo é uma morada conjunta.

Modo de manifestação:

Ou todos se salvam, ou todos se perdem”, dependendo do equilíbrio energético, através das ações de cada um.

Já ascenderam aos domínios do Corpo mental Superior.

A dedicação ao próximo é o principal objetivo.  

A sua consciência de estar no mundo, dá-lhes uma responsabilidade global no Servir.

Não existem Países, apenas seres humanos, não interessando o  credo ou religião, quando em dificuldade e a seu pedido, precisam ajuda.

Trabalham sem distinção de pessoas ou grupos.

Apenas uns escassos milhares, se enquadram neste grupo.

Místicos Unitários

Estão ao serviço no Planeta, mas não se envolvem no Mundo material.

A sua consciência já se elevou para os domínios do Corpo Espiritual.

São seres totalmente despreocupados, porque estão permanentemente em contacto com o Uno.

Não querem aparecer como manchete, e tão pouco desejam lugares de  poder.

Apenas algumas centenas pertencem a este Grupo.

Com esta pequena explicação, concluimos que uma maioria vive um mundo inteiramente material, dando mais relevância ao ter.

O objetivo de uma maioria, não interessa como, é sentir-se realizada através do dinheiro, para alcançar grandes posses materiais ou poderes visíveis.

Estas situações, de natureza racional-analítica, registamos maioritariamente no Mundo Ocidental, onde se encontram os sequiosos comandantes do Planeta e a enorme quantidade de líderes de várias hierarquias.

Os Instintivos-sensórios, não têm alguma aptidão para a chefia, os Intuitivos  Sintéticos estão mais ligados ao ensino e à Ciência e os Místicos Unitários não têm qualquer interesse por um comando.

É perante esta visão que privilegiamos o Estar ou Ter em detrimento do Ser.

O Ter é transitório e o Ser é eterno.

Mas mesmo assim preferimos prestar vassalagem ao transitório em detrimento do Eterno.

Quando nos ligamos ao transitório, normalmente conquistamos insegurança, porque  ao  dependermos de fatores externos e fora do nosso controle, a inquietação e o medo geram através da Mente Egóica, que assume o comando, uma situação de sofrimento, que normalmente e por atração, surge antes de alguma perda.

E se nos encontrarmos com aquele alguém que nunca perdemos?

Aquele “outro” que nos acompanha permanentemente, que segue todos os nossos passos, o nosso melhor amigo e de quem nunca nos separamos, seja qual for a situação.

Esse alguém “Somos nós mesmos”, que está sempre 'conosco'.

Ao reconhecermos a sua presença, estamos em segurança e é fácil  alcançá-la, se nos concentrarmos em nós mesmos.

Essa segurança só se alcança, quando em plena harmonia 'conosco' próprio.

Significa Ser.

 

 

 

 

 

 

Publicado em
4/8/2022
na categoria
Espiritualidade
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Francisco J. Cabral

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