Num país muito distante, viviam três homens sábios que se dedicavam ao estudo das estrelas e do universo.

Chamavam-se: Melchior (ou Melquior ou ainda Belchior),Baltazar e Gaspar.

Certa noite, ao contemplarem o céu, repararam numa estrela muito brilhante e perceberam de imediato, que algo extraordinário teria acontecido!

Decidiram, então, seguir aquela nova estrela e foram até à cidade de Jerusalém.

Encontraram Herodes, o Grande, homem demasiado cruel e perguntaram-lhe:

- Sabe dizer-nos, onde está o Messias, acabado de nascer?

- Não, não sei! Procuro o mesmo que vós!

Ide...ide e quando o encontrarem venham dizer- me! Eu também quero adorá-lo...

Os Magos continuaram a viagem, sempre com a estrela à sua frente.

A dado momento, a estrelinha parou.

Tinham chegado a Belém.

Mesmo ali, bem perto deles, havia um estábulo.

Entraram e ficaram encantados com a beleza de uma criança deitada nas palhinhas de uma manjedoura. Na maior pobreza, aquecido pelo bafo dos animais, estava o Novo Rei, o Messias. Ajoelharam, em sinal de aceitação, humildade e submissão e ofereceram-Lhe os presentes que levavam.

Ouro, incenso e mirra.

Depois de terem conhecido o REI do MUNDO e O terem adorado, resolveram dormir para descansar um pouco, antes de regressarem à sua terra.

Durante o sono, apareceu- lhes, em sonho, um Anjo que os aconselhou a não voltarem por Jerusalém, porque Herodes os esperava.

"Queria ouvir da boca deles, como e onde encontrar o Menino para o matar".

Os Magos, assim fizeram. Escolheram outro caminho e em paz, regressaram à sua terra.

Sentindo-se ameaçado com o nascimento daquela criança, Herodes, enraivecido, mandou matar todas as criancinhas com idade inferior a dois anos!

Assim, o Menino também iria ser morto e Herodes acalmaria sua cólera.

Mas...os mistérios divinos são grandiosos e a Sagrada Família foi avisada por uma voz sobrenatural.

Só restava fugir. Irem embora de Belém.

Durante a fuga, estiveram, algumas vezes, em perigo eminente, avistando os soldados de Herodes.

Foram, no entanto, ajudados por duas árvores que os protegeu.

A árvore do azevinho, sendo, até então, uma árvore de folha caduca, não sabia como escondê-los. Mas, à súplica de Maria, um milagre aconteceu e a planta encheu-se de tantas folhas verdes que os cobriu com um grande manto espinhoso.

A partir desse dia, nunca mais o azevinho ficou despido. Passou a ser uma árvore de folha persistente.

A Sagrada Família, seguiu viagem, mas novamente, avistou soldados de Herodes.

Como foram ajudados desta vez?

Por um pinheiro que estendeu seus ramos, como uma mãe estende os braços para proteger seu filho, e os embrulhou na ramagem. O Menino acariciou o tronco da árvore como forma de agradecimento.

Conta-se, que se cortarmos uma pinha ao meio, no sentido do comprimento, poderemos ver a mãozinha do Menino lá gravada.

Segundo a tradição, o azevinho e o pinheiro são símbolos natalícios, devido a estes acontecimentos que poderão, simplesmente, fazer parte do mundo lendário...ou não!!!

E porque não, sabermos que o azevinho é uma planta associada ao amor e à paz e que lhe estão associados poderes mágicos! ?

Então, façamos como os nossos ancestrais.

Cortar um raminho de azevinho e pendurá-lo na entrada das casas para que a paz reine no nosso lar e o mal não tenha lá lugar.

Aos cépticos digo que, se bem não faz, mal também não.

Celeste Almeida: Autora do texto

Publicado em
20/1/2023
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Caminhos na História
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