Quem não sente saudades de brincar?

Esconde-esconde, apanhada, jogo da macaca, entre tantas outras brincadeiras!

É essencial que todos os agentes educativos, desde os técnicos (educadores de infância, psicólogos, psicomotricistas, médicos, entre outros) até aos pais e à comunidade, busquem refletir sobre os cuidados e a educação das crianças.

A falta de tempo e de espaços apropriados, o consumismo e as cobranças que rodeiam as crianças, fazem-nos pensar... para onde estamos a caminhar?

Além da interação social, os benefícios de BRINCAR são imensos...

- Fonte inesgotável de energia, alegria e diversão;
- Criatividade;
- Desenvolvimento da imaginação;
- Capacidade de organização e concentração;
- Assimilação de regras;
- Aquisição de competências psicomotoras;
- Aquisição de competências sensoriais;
- Exploração de relação interpessoais.

De acordo com os teóricos como Piaget e Wallon, brincar permite que a criança conheça o mundo à sua volta, o comportamento humano, os objetos... o que lhe vai proporcionar uma melhor gestão da frustração e afetos.

É necessário tempo para ser criança.

Sabemos que, hoje em dia, a criança está cercada de atividades e elementos como as tecnologias, horários completos, abundância de informação e conteúdo... Esses momentos são uma mais-valia em aprendizagem mas não nos podemos esquecer do quão importante é valorizar os momentos livres, em que as crianças podem soltar a imaginação, inventar brinquedos e brincadeiras. Estes momentos lúdicos são tão importantes, quanto o tempo que é dedicado aos estudos e tarefas diárias. A criança precisa sentir-se LIVRE para ser autêntica, e é a brincar que ela vai aprender isso.

A ideia é consciencializar as pessoas para a ideia de que brincar, não é apenas um passatempo. Provavelmente será o melhor equipamento para desenvolver competências de forma natural. Brincar é o laboratório do crescimento e um promotor da socialização e da aproximação entre pais e filhos, netos e avós e crianças com crianças”, reforça Francisco Lontro.

O ato de brincar faz-nos pensar e refletir que tem de haver um tempo para tudo. Desde pequenino, desde sempre.

O ser humano tem de se nutrir... ter a cabeça ocupada é saudável mas desligar também é necessário.

Tudo o que vivemos tem um impacto na nossa saúde mental e o tempo para ser criança, define, em larga escala, a sua personalidade.

É papel da escola e da sociedade assumir com a comunidade educativa um compromisso que eleva o Brincar na Educação, estendendo-se até à família.

Todos os agentes são importantes, mas a família acaba por ser quem tem um efeito crucial sobre a criança, na medida em que funciona como modelo.

A educação começa no brincar, afinal só a brincar aprendemos a crescer.

Somos adultos feitos de eternas crianças que moram em nós.

Com brincadeiras e abraços à mistura,
Da eterna criança,

Sandra Anjos.

Acompanhe mais o meu trabalho em:
https://linktr.ee/sandraanjos

Sandra Anjos, a autora deste artigo.
Publicado em
5/12/2022
na categoria
Psicologia
Clique para ver mais do autor(a)
Sandra Anjos

Mais do autor(a)

Sandra Anjos

Ver tudo