O que nos diz o karma?

Que o que acontece no presente, resulta de causas que nós próprios fizemos acontecer no passado.

Embora uma maioria desconheça esta palavra, no entanto em seu subconsciente sabe que ela existe. Senão vejamos:

O amor que se recebe é igual ao amor que se dá/cada um colhe o que semeia/tudo vai e volta.

Como karma e reencarnação se complementam talvez seja a oportunidade de entendermos o que ambas significam para o ser humano.

Conforme expliquei sobre o karma, vou também dar luz à razão da reencarnação:

Quando contraimos um karma e como acima mencionei, há que resgatá-lo, fazendo isso através da  lei de causa e efeito. A maneira de o fazer e para saldar determinada dívida com a entidade a quem provocámos determinada ação é experienciá-la pela sua reação, e possamos colher as nossas bençãos. E como fazê-lo: através da reencarnação.

Talvez agora possamos compreender quando questionamos algumas perguntas, tais como:

Porquê aconteceu em mim?/porque meu filho nasceu com esta doença e os outros irmãos gozam de boa saúde?/porque o outro tem tudo e eu que me farto de trabalhar apenas tenho o mínimo para me sustentar?


Em primeiro lugar vamos fazer uma pequena separação de águas

Karma não é destino. Podemos por exemplo, prolongar a vida quando é determinada uma determinada situação(doença), por uma mudança em nossos corações. Quando servimos a vida de todo o coração, essa mesma vida retorna a nós. Ela só é definitiva, quando por vontade própria a tornamos definitiva. Nunca nos podemos esquecer, que quando decidimos mudar, temos poder para o fazer.

Esclarecido este ponto, retornemos à reencarnação para saldarmos nossos karmas:

É um assunto que tem várias interpretações, mas como tenho vindo a afirmar, trata-se de um holograma de vidas passadas.

O que regista maior violência , é a reencarnação entre pais e filhos.

O de marido e esposa também pode acontecer por um karma violento em vidas passadas, ou atração por um ser com quem lidou numa outra encarnação.

Na maioria, em vidas passadas houve muitos atritos entre ambos e um deles o prevaricador. Nesta e para saldarem os seus actos, escolheram ser a própria vítima, para experienciar a dureza provocada. (violência doméstica)

Mas também em certos aspetos trata-se de um profundo amor em vidas passadas e que nesta vida se juntam para continuar esse amor que os liga. Pode ser entre homem e mulher ou entre o mesmo sexo. O último caso deve-se por numa reencarnação anterior terem tido sexos opostos, mas que nesta encarnaram com o mesmo sexo. Por isso há que ter em consideração esta situação , e não criticar em sentido negativo, porque isso pode afetar os seus mentais, além de criarmos mais um karma.

Não estou a considerar os que fazem do sexo profissão. Isso é um caso muito violento, porque em vidas passadas provocaram essa situação ao seu semelhante. Logo após a morte física, estes irmãos são recolhidos em hospitais próprios no seu plano astral e normalmente quando retornam ao planeta dedicam-se à solidão para que se possam purificar. Não vou mencionar uma situação, para não ferir susceptibilidades.

Também temos o karma contraido por suicídio. Terão que enfrentar os seus dramas uma vez mais, e retornar tão rápido quanto possivel ao planeta, para completarem a parte kármica não concluida. Quando se dá o suicídio a alma do outro lado tem plena consciência do que fez e imediatamente se arrepende. Orar por estes irmãos e fazê-la da melhor maneira que soubermos, é uma óptima ajuda. Não esqueçamos que orar é uma conversa entre nós e a mente universal, pedindo que estes irmãos cumpram com sucesso a missão que lhes foi confiada e a seus pedidos, não interferindo no seu livre arbítrio. Visualizá-los envolvidos em luz brilhante e transparente, ajuda muito.

Ao longo de nossas vidas, sentimos pessoas que já havíamos conhecido antes e que temos algo a fazer com eles. Até pode ser um negócio. Também há outros por quem sentimos uma atração imediata e ainda outros em que sentimos perigo, e nos colocamos vigilantes.

Devemos prestar muita atenção, porque pelo facto de termos uma certa relação numa vida anterior, não quer dizer que tenhamos que nos prender definitivamente nesta encarnação. Pode ser até um karma de um mês ou um tempo curto e compelido a fazer algum serviço, mas sem ter de ficar enredado numa relação. Isso será uma escolha nossa, mas cuidado, porque se nos envolvermos demasiado, estamos sujeitos a criar mais karma.

Posso dar um exemplo: quando se dá um casamento e se diz “na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença”, assumimos o karma do nosso(a) componheiro(a). É idêntico para união de facto. Também pode dar-se o caso de esses karmas serem curtos e os relacionamentos entre ambos acabe dentro de pouco tempo. Também se aplica a irmãos e irmãs, ou pessoas amigas. Quando terminamos nossos compromissos kármicos, cada um segue o seu caminho.

Temos que admitir e já confirmado, que tudo o que nos acontece é 100% de nossa responsabilidade. Quando acontecem situações, como a perca de um familiar muito próximo, aquela realidade que observamos é criada por nós para saldo de uma dívida. Não nos revoltemos contra Deus, porque como deuses que somos, criámos nosso próprio universo. Movimentámos causas, cujos efeitos retornam a nós.

Nossos karmas serão mais leves em consciência, quando aplicamos a lei do perdão, e explico porquê: enquanto nos mantivermos na situação do não perdoar, nossa energia continua a canalizar-se para aquele sector. Não está disponivel para outras ações que contribuam para o amor incondicional.

A energia vai, para onde focalizamos nossa atenção.

Ao ter que atravessar vários planos, como o etérico, mental e emocional, o karma leva um certo tempo a penetrar no nosso corpo físico. Podemos aproveitar este período de tempo, e devolver uma parte à origem, se no que está por detrás dela, houver a capacidade de saldarmos maioria  dessas mesmas causas kármicas. Será menos doloroso, quando chegar à nossa realidade física. Prestemos atenção à nossa voz interior e sigamos o seu conselho. Ajuda-nos a resolver parte dos nossos karmas.

Como para cada causa há um efeito, será bom pensarmos em controlar-nos e não reagirmos ao exterior, mas ouvir nosso deus interior. Aprendamos a gostar de quem não gosta de nós. É muito difícil, mas lá chegará o dia que todos entramos nessa vibração do amor incondicional.

Vou mencionar mais um tipo de karma:

Há relatos de numa vida passada a mãe ter abandonado seu filho. Como essa mãe conseguiu saldar o seu karma? Nesta encarnação desceu na qualidade de filho  e tomou o compromisso de se dedicar a sua mãe, cuidando até da sua velhice, embora tivesse irmãos que o pudessem ajudar. Como o karma foi seu, assim cumpriu mais uma missão.

Há ainda que ter noção do precioso cristal que existe em nós. Podemos fazer muitas experiências, nem que seja por quase uma eternidade, mas ele está lá, pronto a reluzir no momento em que tomamos consciência da sua presença, porque é indistrutivel. Chamam-lhe eu superior ou cristo interno. É o mesmo cristal precioso, que nos acompanha ao longo de nossas vidas, aguardando serenamente pelo chamamento e finalmente nos aconselhar.

E equilibar o karma pelo coração?

Sempre que por qualquer motivo ofendermos alguém nem que seja por palavras, desprezemos o ego, tenhamos a coragem de ouvir nosso coração e nos livrarmos desse karma através dele, oferecendo muito amor e arrependimento. No caso do ofendido rejeitar, continuemos a oferecer amor. É uma prática para o equilíbrio e um alívio para o prevaricador.

(continua...)

Publicado em
17/8/2020
na categoria
Reencarnação
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Francisco J. Cabral

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