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Muitas vezes empacotada numa das tuas gavetas de amor, alojada lá num cantinho bem escondido e emaranhada em ti.
Segues a tua caminhada com a esperança de que a carga alivie, mas nem por isso sossegas.
Não tenho soluções mágicas nem bola de cristal. Sou um ser humano como tu, e venho partilhar a minha verdade contigo.
Vive a tua saudade.
Vive o que tu sentes.
Chora. Sim, chora sem vergonha.
Sorri.
Ouve e, acima de tudo, escuta o teu coração.
Dá-te margem para abraçares o teu eco.
Esta saudade é um tempo que não tem tempo. Tem emoções e todas elas fazem parte de ti, mas não te definem.
Tu és tanto.
Honra o teu sentir.
SOLTA. LIBERTA as amarras.
O silêncio ensurdecedor.
A tua alma dá-te as coordenadas para que possas seguir mais leve.
Chegou o momento de abrandar o passo e respirar fundo. Basta de piloto automático. É tempo de olhar para dentro. Dói? Sim, dói muito.
Não olhar talvez doa ainda mais.
Só tu sentes e tens a alquimia em ti de transformar, aceitar e agradecer.
Oscila.
Vibra contigo.
Conecta-te e desenha pontes entre ti.
Que unam o corpo e a mente em cada sentir.
Permite-te.
Acredito no amor. Sim, acredito mesmo com todas as minhas células.
Ele cura.
Ele transborda.
Ele eleva.
Ele transmuta.
Ele conduz.
Vive a tua metamorfose diária. Vai ao teu âmago e fala contigo.
Acolhe a tua criança e dá-lhe colo.
Sê a tua melhor companhia e presença.
A vida não para. Tudo continua.
Tu és a tua bússola.
Tu és responsável por ti.
Tu és quem pode regenerar esse sabor agridoce de dentro para fora e ser a paz no vazio que ocupava tanto espaço.
Agarra nessa força de vontade e vai.
Não fiques preso ao que possam pensar. Tudo são crenças.
Responsabilidade não é culpa.
Vulnerabilidade não é fraqueza.
Tu podes ressignificar.
Agora é Tempo de Ser.
Essência.
Acolhe as memórias.
Acolhe a saudade de ti e dos teus trevos-de-quatro-folhas.
Acolhe as tristezas e alegrias. O Universo devolve o reflexo da tua luz.
'Aproveita a vida e ajuda-te a ti e aos outros. Aprecia cada momento. Agradece e não deixes nada por dizer. Nada por fazer.'
(António Feio)
Vamos juntos.
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