Com muita frequência falamos em espiritualidade, “espiritualizar-se”, religião e fé. E não é incomum confundirmos tais termos entre si. Qual seria a origem dessa possível confusão conceitual? Precisamos recordar alguns pressupostos.

E, nesse sentido, o primeiro pressuposto é de que somos espíritos imortais e, portanto, estamos em sucessivas reencarnações de acordo com as nossas necessidades em cada momento da jornada. O segundo pressuposto é o de que há a prevalência e antecedência do espiritual sobre o mundo material, tudo é espiritual, mas nem tudo é magia. O que nos remete aos ensinamentos platônicos da teoria das ideias ou formas puras em que o filósofo observa ser o mundo das ideias o mundo real e não o mundo material no qual estamos, que é visto como mundo dos simulacros.

O terceiro pressuposto é que tudo é escolha. Uma escolha pode ser virtuosa ou não, e, Aristóteles vai nos indicar o caminho do meio, a phrônesis, a prudência.  Nós escolhemos o nosso caminho e essa escolha colabora na construção de nosso campo eletromagnético que sintonizará o que é afim. O quarto pressuposto é aquele que diz que o amor tudo transforma e podemos verificar essa ideia nos ensinamentos de muitos avatares que evidenciaram uma consciência expandida, deixaram para todos nós a ideia que pode ser percebida na mensagem metafórica de Paulo segundo a qual o amor cobre uma multidão de pecados.

O processo do espiritualizar-se acontece internamente quando a mente, identificando e libertando-se progressivamente das crenças limitantes sobre si mesma e sobre os demais, começa a perceber que tudo no universo é energia e que os ciclos de aprendizado que experimentamos decorrem de nossas necessidades. E tudo começa até mesmo antes do agir, na consciência, quando internamente construímos as imagens para formar uma ordem simbólica que influencia nossas maneiras de ser e agir.

E quanto mais repetimos tais estados de consciência mais fortes ficam determinadas situações no plano material. Os estados de sofrimento, por exemplo, criam as condições para reforçar mais sofrimento e um ciclo interminável de desconforto e dor até que esse ciclo seja rompido. O movimento da consciência para parar esse ciclo é o “processo do espiritualizar-se” que significa estabelecer conexão com o divino, com o universo, para o despertar da consciência – a expansão da consciência. Espiritualizar-se, portanto, não está em religiões, não se reduz a orações lidas repetidas vezes sem emoção e sentimento, não está fora, mas dentro de cada um de nós e só depende do movimento de transformação de nosso estado de consciência no sentido do autoamor e do amor ao próximo.

Se o propósito é melhorar a vida, o estado de consciência vibra nesse sentido? Não se engana a espiritualidade, porque estamos interligados por sintonia vibratória. Terapias alternativas como Reiki, por exemplo, são ferramentas que podem auxiliar no aclaramento das ideias, porque atua na energia vital, no desenvolvimento do amor compassivo e amplia a capacidade cognitiva para leituras e entendimentos que possam colaborar no processo. Espiritualizar-se significa ter uma consciência expandida.  Consciência é processo de transformação.

Que estado de consciência está nos movendo agora? Qual o propósito?

Clara Brum, a autora deste artigo

Publicado em
4/8/2022
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Reiki
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