“Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:19), essa é uma celebérrima frase de Paulo de Tarso. Vamos refletir sobre ela?

Temos tantos desafios na vida que às vezes mesmo conhecendo os cinco princípios do Reiki e tantas outras filosofias que falam do perdão, equilíbrio e harmonia, nos descompensamos e proferimos palavras rudes, juízos moralizantes, enfim, posturas que sabemos que comprometem nosso campo vibratório. Muitas vezes nos arrependemos imediatamente e, em outras, nem tanto. Há momentos que nos consideramos repletos de razão e justificamos com toda a nossa força a postura escolhida. Sim, escolhida. Tudo é escolha, lembra?

Não é raro colocarmos a culpa nas outras pessoas ou em questões espirituais. É claro que existem pessoas que incomodam.  Existem energias mal qualificadas. Não se está a negar nada disso. Mas por que nos conectamos com essa densidade? E por que reagimos da forma como reagimos?

A questão está onde a nossa mão alcança: como nos posicionamos no mundo? Como colaboramos com essas energias densas?

Imaginemos uma janela. Assim como as brechas na janela deixam a chuva entrar, as brechas que produzimos na nossa vida, em razão de aspectos da nossa personalidade, fazem um intenso intercâmbio com as energias externas que nos rodeiam.  E, assim, mesmo desejando o bem, ainda permanecemos no intercâmbio com energias densas.  Sim, ficam ao nosso redor esperando pacientemente uma abertura para agir.

Não se enganem, abrimos brechas o tempo todo no cotidiano: sentimos raiva, ficamos nervosos, sentimos medo, ansiedade, ficamos magoados, tristes, angustiados, ressentidos, temos sentimento de vingança, somos irônicos, às vezes debochados, às vezes proferimos juízos moralizantes sobre a conduta alheia, consumimos imagens de violência nas mídias, nas ruas, sentimos revolta com injustiças sociais, e tantos outros sentimentos e posturas que alteram o nosso campo vibratório.  Essas são as brechas que habitam em nós.

Então, vamos observar o termo “brecha”. No dicionário o substantivo “brecha” significa abertura, acidental ou propositada, rachadura ou fenda. No sentido figurado, pode ser espaço vazio ou lacuna.  Então, precisamos entender a lógica da afinidade e compreender o sentido forte da relação causa-efeito, porque nada acontecerá em nossas vidas sem nossa participação.

O que fazer?

Se uma janela está bem fechada e foi construída de maneira robusta, aguentará qualquer tempestade. A água da chuva, mesmo que fortalecida pelo vento, vai bater, mas não vai entrar. Essa janela que designamos como robusta precisa de manutenção, ser fortalecida para manter-se firme. Uma vigilância constante. Neste aspecto, a Espiritualidade te convida a construir essa janela; a meditação e orações diárias (ao acordar e se deitar) são ferramentas para sua manutenção.

Todos sabemos que: o mal só entrará no nosso campo vibratório se permitirmos; que a proteção espiritual está dentro de nós mesmos como nossa conexão com o Divino; que nossos desafios, sejam materiais ou espirituais, decorrem de nossas escolhas conscientes e inconscientes; que pensamentos, sentimentos e ações abrem brechas.  E não há problema algum em pedir auxílio, faz parte.

O fato é que a maior proteção psíquica e espiritual que temos está em nós mesmos. Se olharmos direitinho em algum momento vamos identificar aquela situação em que provocamos uma fenda e permitimos a sintonia com energias mais densas. Estamos na centralidade de todo o processo, somos protagonistas de tudo. Todo processo obsessivo, seja leve, moderado ou severo, tem um ponto de origem em nossas brechas.

Nesse sentido, o ‘reikiano’ tem uma vantagem com a prática diária da autoaplicação do Reiki porque se recarrega com energia vital, com uma assepsia espiritual constante.  A autoaplicação contribui na retirada de implantes, chips, artefatos, larvas astrais, miasmas, parasitas, dentre outros elementos densos que atuam em nossos corpos.

O compromisso do ‘reikiano’ com a prática dos cinco princípios para o bem viver, o fortalece progressivamente. Ademais, a alimentação saudável e uma vida sem vícios colaboram para o nosso campo vibratório.

Então, ser ‘reikiano’ é uma boa proteção, porque oportuniza mais uma ferramenta para fortalecer o seu campo vibracional e lidar melhor com as energias plurais que habitam o tempo-espaço no qual estamos inseridos.

Em verdade, vivemos e interagimos o tempo todo com todas as energias disponíveis ao nosso redor e a forma como lidamos com isso decorre das condições que NÓS criamos para NÓS mesmos, em primeiro lugar.

Com o Reiki podemos vibrar nossas casas, ambiente de trabalho, os locais públicos que gostamos de frequentar, nosso mundo pode ser envolvido na energia Reiki. Podemos auxiliar amigos enviando Reiki a distância, ou, Reiki programado, para harmonizar eventos futuros. Até naqueles momentos em que você elaborou um pensamento ruim, desfaça-o traçando mentalmente os símbolos do Reiki e dê o comando para que ele se dissolva, se desfaça por completo. O ‘Cho Ku Rei’ representa a ideia de que Deus está aqui conosco e alguns ‘reikianos’ o chamam de “O interruptor” porque ele acende uma imensa Luz sobre nós.

O ‘Reikiano’ pode traçar mentalmente os símbolos em lugares, sobre objetos para trazer harmonia, a qualquer hora do dia e da noite. O Reiki não tem contraindicação porque é a energia da alma.  Pode ser traçado antes de começar a meditação, um estudo, uma reunião ou treinamento online, pode ser usado sempre.  Não saia de casa sem colocá-lo à sua frente. Internalize esse pequeno protocolo de proteção espiritual à sua rotina.

E quanto mais dinâmica tiver o ‘reikiano’, mais intensa será a conexão com a energia vital. Então, nos desafios da vida, use o Reiki, não abra brechas. Se a brecha acontecer, repare-a com o auto perdão e perdão daqueles que estão envolvidos na situação, mesmo que seja mentalmente, e de forma unilateral, não temos responsabilidade sobre o coração das outras pessoas. Saiba que por pior que seja o seu desafeto, também é um ser em evolução que merece ser acolhido pela espiritualidade e não nos cabe proferir juízos moralizantes. Então, como está a sua janela?

Clara Brum: a autora deste artigo
Publicado em
20/2/2023
na categoria
Reiki
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